segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Alguns registros do início do século XIX

 Alguns registros do início do século XIX
Algumas genealogias pecam por falta de maiores detalhes. Algumas criam confusões quando não citam datas. Eu, particularmente, prefiro, sempre que possível, fazer as transcrições dos registros da Igreja com os detalhes que eles trazem. Aqui neste artigo transcrevo casamentos do início do século XIX.
“Aos vinte e cinco de fevereiro do ano de mil oitocentos e dois pelas cinco horas e meia da manhã nas casas de Residência do Coronel Francisco da Costa e Vasconcellos no lugar chamado Coité: depois de feitas as denunciações na forma do Sagrado Concilio Tridentino nesta freguesia aonde ambos são moradores e naturais: e não constando canônico ou civil impedimento e que se vê dos banhos e mais papeis que ficam em meu poder: em minha presença e sendo aí como testemunhas o capitão-mor Jerônimo Teixeira, casado, e o tenente-coronel Manoel Ignácio Pereira do Lago, viúvo, ambos moradores nesta Freguesia se casaram em face da Igreja solenemente, e por palavras de presente o coronel de milícia Joaquim José do Rego Barros filho legitimo do Mestre de Campo Francisco Machado de Oliveira Barros, e de sua mulher D.Antonia Maria Soares de Mello com D.Maria Angélica da Conceição e Vasconcellos, filha legítima do coronel de cavalaria desta cidade Francisco da Costa e Vasconcellos e de sua mulher D. Maria Rosa Teixeira. E logo lhes dei as bênçãos  segundo os Ritos e Cerimônias da Santa Madre Igreja. Do que tudo fiz este termo que por verdade assinei. Feliciano José Dornelles, Vigário Colado.”
O lugar chamado Coité é hoje Macaíba. Joaquim José do Rego Barros foi presidente de nossa Província no período 1821/1822.
“Aos vinte e três de agosto de mil oitocentos e três pelas oito horas da noite nesta Matriz depois de feitas as denunciações na forma do Sagrado Concilio Tridentino nesta Freguesia aonde ambos os Nubentes são moradores, e o Nubente natural: e não constando canônico impedimento como se vê dos banhos que ficam em meu poder: em presença do Padre Simão Judas Thadeo de minha licença e sendo presentes como testemunhas o capitão José Xavier e o capitão Francisco Antonio Carrilho, brancos, casados, e moradores nesta Freguesia pessoas bem conhecidas se casaram em face da Igreja solenemente, e por palavras de presente o cabo de infantaria Lourenço José de Gouveia, branco, filho legitimo de José Bezerra de Lira e de sua mulher Genoveva Maria da Conceição com D. Mariana Felícia, branca, natural da Praça de Pernambuco, de onde veio de menor para esta Freguesia, filha legítima de José Leitão de Almeida e de sua mulher D. Maria Felícia dos Santos, já falecidos, e logo o dito Padre lhes deu as bênçãos segundo os Ritos e Cerimônias da Santa Madre Igreja do que tudo fiz este termo que assinei. Feliciano Dornelles Vigário Colado.”
José Leitão de Almeida, português, era Professor Régio em Recife. Seu filho mais famoso foi Agostinho Leitão de Almeida que atuou durante certo tempo aqui no Rio Grande do Norte e depois seguiu para Desterro, hoje Florianópolis. Um filho de Agostinho de nome José Leitão de Almeida casou com Ana Trompowski. Eram os pais do Marechal Roberto Trompowski. O capitão Francisco Antonio Carrilho, testemunha acima, era casado com Dionísia Soares irmã do coronel de milícias Joaquim José do Rego Barros, o nubente do primeiro registro acima. Agostinho Leitão foi casado com Antonia Maria Soares de Mello, mesmo nome da avó, e filha de Francisco Antonio Carrilho, Europeu,  e Dionísia Soares. A segunda esposa de José Leitão de Almeida, Francisca Xavier, era filha do Mestre de Campo Francisco Machado.
Pela Wilkipédia, erroneamente, diz que  o pai de Agostinho era Francisco Leitão de Almeida. A mesma Wilkipédia dá como uma esposa de Agostinho, Josefa Martins de Macedo, que foi, na verdade, sua segunda esposa.
Do primeiro casamento de Agostinho, nasceu um filho de nome José, mas que não deve ter sobrevivido. Do segundo casamento com Josefa nasceu o filho José, como aparece no registro a seguir: José, filho legítimo do capitão Agostinho Leitão de Almeida e de Josefa Martins de Macedo, neto paterno de José Leitão de Almeida e Maria Felícia, e materno de Matias Cabral de Macedo e Isabel Francisca da Costa, nasceu aos 19 de outubro de 1819, e foi batizado pelo Reverendo Padre Manoel Pinto de Crasto aos 7 de dezembro do mesmo ano, sendo padrinhos o alferes Manoel Antônio Cabral  de Macedo e Dona Maria de São José de Macedo, na Capela do Senhor Bom Jesus das Dores, da Ribeira.
Vale salientar que na internet consta a informação que José Leitão de Almeida, esse que foi casado com Ana Trompowsky, nasceu em 1818. Para confirmar mais ainda seu nascimento em 1819, como aparece no registro de batismo, encontramos que José Leitão de Almeida, foi sepultado no Rio de Janeiro, com a idade de 51 anos, aos 12 de dezembro de 1870, tendo falecido de Angina.
A seguir o casamento de um membro da família Ribeiro Dantas celebrado por um irmão de Padre Miguelinho.
Aos vinte e sete de agosto de mil oitocentos e quatro pelas oito horas da noite e nas casas de moradia do capitão Antonio José de Sousa e Oliveira por licença do Reverendíssimo Governador do Bispado Manoel Vieira de Lemos e Sampayo que também dispensou os banhos das naturalidades e moradias de ambos os nubentes que ficam em meu poder: e não constando canônico ou civil impedimento: em presença do Padre Manoel Pinto de Castro, de minha licença: e sendo presentes como testemunhas o capitão Antônio José de Souza, casado, e morador nesta Freguesia e o alferes Manoel Ferreira Cordeiro solteiro e morador na Vila de S. José, se casarm em face da Igreja solenemente, e por palavras de presente, o tenente Estevão José Dantas, natural da Freguesia da Senhora Santa Anna da Vila de São José, filho legítimo do coronel Miguel Ribeiro Dantas, já falecido, e de sua mulher D. Antonia Xavier de Barros com D. Maria Joaquina de Souza natural desta Freguesia, e filha legitima do capitão Antonio José de Souza e de sua mulher já falecida D. Joanna Ferreira de Mello, e logo o dito Padre lhes deu as bênçãos segundo os Ritos e Cerimônias da Santa Madre Igreja do que fiz este termo que por verdade assinei. Francisco José Dornelles, Vigário Colado.
José Leitão de Almeida, batismo

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