quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Família Espínola

Uma das famílias presentes no nosso Rio Grande do Norte é a família Espínola. Vamos a alguns registros.
Aos dezoito de maio do ano de mil setecento e setenta e dois, às sete horas da noite, por concessão do Reverendo Visitador Ignácio de Araújo Gondim, corridos os banhos, Juxta Tridentinum, sem se descobrir impedimento algum até a hora do seu recebimento, de licença minha, nesta Matriz, em presença do Padre Coadjutor Bonifácio da Rocha Vieira, e das testemunhas abaixo assinadas, o capitão Manoel Pinto de Crasto, homem casado, e Manoel do Rego Freire de Mendonça, solteiro, moradores nesta cidade, se casaram os nubentes Francico da Costa Espínola, filho de Carlos de Freitas da Costa, e de Maria da Assumpção, e Margarida da Costa Gomes, filha de Manoel da Costa Coimbra, e de Maria do Carmo de Figueredo, ambos os nubentes naturais desta Freguesia, e logo receberam as benção na forma do Ritual Romano; do que mandei lançar este assento em que me assinei, Pantaleão da Costa de Araújo. Manoel Pinto de Crasto.

Anna, filha legítima de Francisco da Costa Espínola e de Margarida da Costa Gomes, neta por parte paterna de Carlos de Freitas da Costa, e de Maria da Assumpção Espínola, natural desta Freguesia, e pela materna de Manoel da Costa Coimbra, natural de Coimbra, e de Maria do Carmo, desta Freguesia, nasceu aos seis de março do ano de mil setecentos e setenta e três,e foi batizada com os santos óleos, nesta Matriz, de minha licença, pelo Padre Manoel Pinheiro Teixeira, aos vinte e dois de março do dito ano, foram padrinhos Carlos de Freitas da Costa, casado, e Úrsula Patrícia, filha da viúva Maria do Carmo, natural desta Freguesia, do que mandei lançar este assento, em que me assino, Pantaleão da Costa de Araújo, vigário do Rio Grande.

Carlos, filho legítimo de Francisco da Costa Espínola e Margarida da Costa Gomes, neto por parte paterna de Carlos de Freitas da Costa, e de Maria da Assumpção Espínola, todos natuais desta Freguesia, e pela materna, de Manoel  Coimbra, natural de Coimbra, e de Maria do Carmo de Figueredo, natural desta cidade, nasceuo aos dezoito de novembro de mil setecentos e setenta e cinco, foi batizada com os santos óleos, nesta Matriz, de licença minha, pelo padre Coadjutor Bonifácio da Rocha Vieira, vinte do dito mês e ano, foram padrinhos Albino Duarte de Oliveira, e Eugenia, filha da Viúva Maria do Carmo, do que mandei lançar este assento, em que assineir. Pantaleão da Costa de Araújo, vigário do Rio Grande.

Manoel, filho legítimo do sargento auxiliar Francisco da Costa Espínola e Margarida da Costa Gomes, neto parterno de Carlos de Freitas da Costa e de Maria da Assumpção Espínolla, todos naturais desta Freguesia, e pela materna de Manoel da Costa Coimbra, natural de Coimbra, e de Maria do Carmo de Figueredo, natural desta Freguesia, nasceu a vinte e nove de maio do ano de mil setecentos e setenta e sete, foi batizado com os santos óleos, de licença minha, pelo Padre Coadjutor Bonfácio da Rocha Vieira, aos quinze de junho do dito ano, foram padrinhos Manoel do Rego Freire de Mendonça, e Úrsula Patrícia Gomes, filha da viúva Maria do Carmo de Figueredo; do que mandei fazer este assento em que por verdade me assinei. Pantaleão da Costa de Araújo, vigário do Rio Grande.

Antonio, nascido aos onze de junho e batizado por mim a quatorze de julho de mil setecentos e oitenta e quatro, nesta Matriz do Rio Grande do Norte, com os santos óleoa, filho legítimo de Francisco da Costa Espinola, e de Margarida da Costa Gomes, naturais e moradores no Poço Verde desta Freguesia, neto do Condestável Carlos de Freitas e Dona Maria da Assumpção, e pela materna de Manoel da Costa Gomes (Coimbra), e de Maria do Carmo de Figueredo, ja defunta, desta freguesia, foram padrinhos Antonio Francisco de Viveiros, homem casado, e Anna Maria da Conceição, solteira, moradora nesta cidade. Do que mandei lançar este assento e me assino, Francisco de Sousa Nunes, vice-vigário do Rio Grande.
Esse Antonio Francisco de Viveiros era filho de Antonio Baptista Espínola

Vejamos o registro de óbito de Dona Margarida
Aos quinze de  março de 1803, faleceu da vida presente, nesta Freguesia, tendo recebido o sacramento da Penitência e Unção, Margarida da Costa, branca, casada com Francisco da Costa Espínola, tendo idade de 55 anos, pouco mais ou menos. Foi sepultada nesta Matriz envolta em mortalha dos religiosos de São Francisco, depois de ser por mim encomendada solenemente, e para constar fiz este assento que assinei. Feliciano José Dornelles, vigário Collado.

Agora o óbito de Francisco da Costa Espínola
Aos nove de fevereiro de mil oitocentos e oito faleceu da vida presente, nesta Freguesia, Francisco da Costa Espínola, de uma maligna, branco, viúvo, com idade de setenta e um anos, tendo recebido todos os sacramentos da Igreja, foi sepultado nesta Matriz, envolto em mortalha dos religiosos de São Francisco depois de ser encomendado solenemente por m im, sacerdote desta Freguesia, e para constar fiz este termo que assino, Feliciano José Dornelles, vigário.

Um dos irmãos de Francisco da Costa Espínola era Luiz da Costa Espinola. Vejamos o registro do casamento dele.
Aos dois de maio de mil setecentos e sessenta e nove, aos onze horas e meia do dia, na Capela de São Gonçalo do Potegi, de licença minha, sem impedimento algum até a hora do seu recebimento, corridos os banhos Juxta Tridentinum, em presença do padre Manoel Antonio de Oliveira, se casaram por palavras de presente Luiz da Costa Espínola e Dona Francisca Maria Barbosa, ele filho de Carlos de Freitas da Costa, e de Maria de Assumpção, e ela filha natural de Dona Thereza de Jesus, naturais desta Freguesia, e logo lhes deu as bençãos conforme os ritos da Santa Madre Igreja de Roma, sendo presentes por testemunhas que assinaram na certidão do dito Padre, o Tenente José de Araújo Pereira e Prudente de Sá Bezerra, casados; do que mandei fazer este assento em que me assinei. Pantaleão da Costa  de Araújo, vigário do Rio Grande

Outro irmão de Francisco da Costa Espínola era Manoel da Costa Espínola, como se pode ver do próximo registros
Anna, filha de Manoel da Costa Espínola, e de sua mulher Izabel da Rocha, naturais e moradores desta Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Rio Grande do Norte, neta por parte paterna do Condestável Carlos de Freitas da Costa, e de sua mulher Maria da Assumpção, naturais desta Freguesia, e pela parte materna de avós incógnitos, foi batizada com os santos óleos aos vinte e sete de outubro de mil setecentos e sessenta e cinco anos, na Capela de Santo Antonio do Potegi, desta dita Freguesia pelo Reverendo Manoel Antonio de Oliveira, de licença minha, foram padrinhos o Condestável Carlos de Freitas da Costa, e Dona Anna da Rocha, mulher do Coronel João Pereira de Véras, fregueses e moradores, todos desta Freguesia, e pela certidão que veio do dito Reverendo Padre, fiz este asseno, em que por verdade me assinei. João Freire de Amorim.

Francisco neto de Josefa de Tal, de Angola

Francisco, filho legítimo do Cabo de Esquadra Antonio Francisco de Viveiros e de Maria José, neto por parte paterna de Antonio Baptista Espínola, naturais desta Freguesia e de Francisca do Rosário da Ilha de Sam Miguel, e pela materna de Josefa de Tal, natural de Angola, nasceu a quatorze de julho do ano de mil setecentos e setenta e três, e foi batizada com os santos óleos, na Matriz, de licença minha, pelo padre Coadjutor Bonifácio da Rocha Vieira, aos vinte e dois do dito mês e ano. Foi padrinho o Sacristão Francisco Álvares de Mello; do que mandei lançar este assento em que me assinei. Pantaleão da Costa de Araújo, Vigário do Rio Grande.
Uma irmão de Antonio Francisco era Maria Francisca, segundo aparece em  batismos de 1769 e  de 1770

Sobre Antonio Baptista Espínola encontramos o seguinte assentamento;
Antonio Baptista Espínolla, filho de Sebastião Teixeira, naturais desta Capitania, de idade de trinta anos, pouco mais ou menos, de estatura ordinária, seco de corpo, cara comprida, cabelo anelado, olhos pretos, sobrancelhas quase serradas, senta praça nesta Companhia do capitão Francisco Ribeito Garcia, de soldado raso, saindo de praça de Artilheiro no qual até agora exercitava a doze de abril de 1734, por sua vontade e mandado do Senhor Governdro e Capitão General de Pernambuco, Duarte Sodré Pereira,  e intervençao do Provedor da Fazenda Real e Vedor Geral de Gente de Guerrra, o capitão Domingos da Silveira, com soldo de dois mil quatrocentos réis por mês e por ano vinte oito mil e oitocentos réis; a saber: quinze mil trezentos e sessenta réis em dinheiro e em farda treze mil e quatrocentos e quarenta réis, na forma da ordem de Sua Majestade, registrado n o livro 1] dos registros a p 142. Bento Mousinho
No mesmo documento acima há o seguinte registro: passou a cabo de esquadra desta Companhia por nomeação do capitão Francisco Ribeiro Garcia e intervenção do Vedor Geral da Gente de Guerra Doutro Thimóteio de Brito Quindeiro a 8 de dezembro de 1734.
Passou do presídio desta Capitania a de Pernambuco por ordem do Senhor General Henrique Luis Pereira Freire, em três de Junho de mil setecentos e trinta e oito.

Antonio Baptista faleceu em 1762, como veremos a seguir.
Aos dez de janeiro de mil setecentos e sessenta e dois, faleceu da vida presente, Antonio Baptista Espínola, com todos os sacramentos, de idade de sessenta e tantos anos, com testamento aprovado, e foi sepultado nesta Matriz envolto em hábito de São Francisco, encomendado solenemente pelo Vigário de Extemoz, Francisco de Sousa Nunes, de licença minha, do que mandei lançar este assento em que me assinei. Pantaleão da Costa de Araújo

O retrato falado de João Vieira de Mello

Esses assentamentos de praça são muito interessantes, pois constam neles detalhes que podem nos ajudar a entender como eram os personagens de uma época. Pena que não conste o nome da mãe, mas tão somente o do pai. Vejamos o seguinte
João Vieira de Mello, filho de José Vieira de Mello, natural e morador nesta Ribeira do Assú, branco, solteiro, de estatura ordinária, cara comprida, pouca barba, com uma cicatriz entre os olhos, com dois sinais pretos pequenos um de cada banda do rosto, com idade de vinte e dois anos, assenta praça em revista de 27 de julho de 17899.

O estranho batizado de Joanna

Aqui e acolá, entre os registros da Igreja, encontramos algumas singularidades. É o caso do batismo a seguir. Nele não se encontra nem a data do nascimento nem a do próprio batizado. Além disso, a pessoa que batizou não parece que era padre. Está no livro de batizados de 1779.
Joanna, filha legítima de Alberto Pimentel, natural desta Freguesia, e de sua mulher Antonia de Freitas, natural de Recife de Pernambuco, neta por parte paterna de Francisco Gomes Pinto, natural da cidade de Olinda, e de sua mulher Placida Rodrigues (ilegível) desta mesma Freguesia, por parte materna do tenente Manoel Pacheco, natural de Pernambuco, e de sua mulher Maria de Freitas, natural de Pernambuco, foi batizada em casa por Domingos Fernandes natural do Recife de Pernambuco, como se costuma, de que mandei fazer este assento e por ausência do Reverendo Vigário me assinei, Joaquim José Pereira, pro-vigario do Rio Grande.